Atualmente vivemos a experiência do desencanto.
As pessoas estão muito descontentes com os seus representantes políticos, com as relações pessoais efêmeras e desrespeitosas, com a falta de qualidade dos programas de TV, com o aumento da criminalidade e, com muitos outros fatores que estão invadindo com tristeza, violência e insegurança as nossas vidas.
Sintomas destes dissabores vêm surgindo, tais como a depressão e os distúrbios físicos, psíquicos e sociais.
O homem, em contato constante apenas com o meio externo, tem vivido a experiência do desencanto, da tristeza e do vazio existencial.
No entanto, existe todo um mundo melhor acessível à ele: é o mundo da alma, também
chamada de psique.
É necessário que o homem resgate a comunicação com seu mundo interno, que é o lugar onde habita seu deus interior ou o self, em outras palavras, retomar a espiritualidade.
Eis aí um refúgio seguro....onde a fé, o amor, o diálogo e as reflexões estão sempre à disposição.
É o contato com o mais profundo e verdadeiro do seu ser, é o contato e o retorno ao Sagrado.
É através dessa relação contínua e intensa, que o homem se torna mais humanizado, e passa a caminhar com respeito e fé.
É onde o desencanto se transforma na esperança de dias e homens melhores.
A experiência da espiritualidade levará o homem, antes afastado de sua essência e de sua testemunha interior, a reformular a relação competitividade x solidariedade, levando-o a um sentido e um significado maiores à sua vida.
Algumas práticas podem ajudá-lo neste trabalho, tais como a meditação, a oração, a contemplação e a psicoterapia.
Ter a coragem de permanecer em silêncio, ouvindo a voz interior e preenchendo, desta forma os buracos da alma parece que é a tarefa que se faz urgente nos dias de hoje.
E, se cada um de nós cumprí-la, poderemos ter de novo o encanto e a alegria em nossas vidas.
Maria Tereza Giordan Góes
CRP 06/19135