terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Flores, esperança e otimismo




Flores, Esperança e Otimismo

Estamos no mês de setembro e a Primavera se aproxima.
É a estação onde nossos sentimentos se renovam, assim como as flores que brotam e espalham a sua beleza. Suas cores e seu perfume nos chamam a atenção...
E os bons sentimentos nos contagiam durante as tardes longas e o clima mais ameno. Essa mudança na paisagem pode, se permitirmos, nos levar a uma viagem para dentro de nós mesmos, olhando a vida com mais cuidado.
Assim como a natureza se transforma e busca o equilíbrio após a estação do frio e da seca, também nossa vida deve buscar mudanças.  Esse é o otimismo.
Rubem Alves, em uma de suas reflexões, afirma: " Esperança é o oposto do otimismo.  Otimismo é quando, sendo primavera do lado de fora, nasce a primavera do lado de dentro. Esperança é quando, sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as fontes a borbulhar dentro do coração. O otimismo se alimenta de grandes coisas. Sem elas, ele morre.  A esperança se alimenta de pequenas coisas."
No meio de um mundo com tantas turbulências, não podemos nos deixar brutalizar, nos entristecer e perder a esperança de um mundo melhor.
Nosso mundo interno, nosso refúgio interior deve nos nutrir através da paz que lá habita. 
Não podemos perder as forças que sustentam nossa esperança. 
Não podemos encolher nossos sonhos e limitar nossas expectativas.
Vale ter a certeza que o deserto irá florescer, vale ter a convicção que haverá algo novo, especialmente quando se nota tudo tão árido.....precisamos crer que a vida nos foi dada para a plenitude, devemos buscar meios para que a vida flua e volte a acontecer com qualidade para todos. Temos força para construir novos experiências e buscar novos caminhos.
É fundamental crer e ter fé na vida.
Creio que o otimismo e a esperança devem caminhar de mãos unidas, para que o equilíbrio, a bondade e a solidariedade voltem a fazer parte de nossas vidas.
E nada como a sensação boa de que as flores estão voltando....
                                                                      Maria Tereza Giordan Góes
                                                                         CRP06/19135
                                                                        www.tereza.psc.br



Nosso jeito criativo de ser

Nosso jeito criativo de ser "Em todo adulto espreita uma criança, uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita cuidado, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa". Jung. Carl Gustav Jung, criador da Psiclogia Analítica, passou um bom tempo de sua vida estudando o tema da criança interior. Entregou-se à experiência de vivenciar suas antigas brincadeiras infantis e observou que, ao brincar, uma enorme fonte de energia e criatividade era acionada. Nossa criança interior manifesta-se no nosso comportamento através da espontaneidade, da alegria, da curiosidade e da intuição. As crianças são naturalmente curiosas. Começamos a envelhecer quando deixamos de ter curiosidade pela vida. Se já vimos tudo e aprendemos tudo, então estamos velhos. A alegria é o que nos mantém saudavelmente infantis. Cuidar da nossa criança interior é uma forma de celebrar a vida dentro de nós. Quando negligenciamos esta criança interna, adoecemos, tornamo-nos adultos amargos e envelhecidos antes do tempo. O encontro com a criança interior é uma fonte de auto conhecimento que aumenta a auto estima e traz a paz e a alegria - é o resgate da essência do puro amor. Pessoas que se sentem bem no seu dia a dia e acolhem com entusiasmo os que as rodeiam, que evitam as reclamações e dissabores, estão em paz com a sua criança interior. Nossas crianças internas necessitam de cuidados especiais, para que tornem nossos jardins ainda mais floridos, através da sua ingenuidade, alegria de viver, lindas fantasias e muito amor incondicional. Maria Tereza Giordan Góes www.tereza.psc.br CRP 06/19135 www.tereza.psc.br www.artedaescuta.com.br

A mente mente

A mente mente A mente mente quando acredita que o essencial da vida está no passado ou no futuro, mas nunca no instante presente, nunca naquilo que somos e fazemos a cada momento. A mente mente quando acredita que sempre nos falta algo de importante, sem que saibamos o que é o importante e passamos a vida toda nessa busca. A mente mente quando acredita que a realidade existe tal e qual a percebemos, quando na verdade, o que vemos são nossas próprias projeções e percepções, vistas através das nossas lentes. A mente mente quando, através dos nossos desejos, medos, expectativas e opiniões, cria situações ilusórias que nos assustam, nos paralisam e nos levam a atitudes nem sempre adequadas. A mente mente quando acredita que as ilusões que criamos, são verdades absolutas, podendo nos levar a um engano permanente, onde os erros cometidos nem sempre são reparáveis. O melhor antídoto para combater as mentiras da mente e as ilusões é a DES - ILUSÃO. Através da tomada de consciência e da reflexão, nossas lentes sofrerão uma mudança, passarão do olhar externo para um olhar interno, onde não mais se projeta emoções e sentimentos intrusos que só nos levam a dissabores, medos e tristezas. Teremos um maior auto conhecimento e olhares mais sensíveis e atentos a tudo que gira em nosso redor. Maria Tereza Giordan Góes CRP 06/19135 www.tereza.psc.br www.tereza.psc.br www.artedaescuta.com.br

terça-feira, 2 de julho de 2013

Jung e a atitude religiosa

Jung demonstrou um grande interesse pelas questões espirituais e religiosas, e os via como fenômenos psíquicos e não através dos seus conteúdos doutrinários, no tocante a verdade ou validade de afirmações ou dogmas de quaisquer confissões religiosas. "Na medida em que o fenômeno religioso apresenta um aspecto psicológico muito importante, trato o tema dentro de uma perspectiva exclusivamente empírica: limito-me, portanto, a observar os fenômenos e me abstenho de qualquer abordagem metafísica ou filosófica. Não nego a validade de outras abordagens, mas não posso pretender a uma correta aplicação desses critérios."4 Jung percebia que o homem moderno ansiava por restaurar a dimensão espiritual perdida e considerava que muito do sofrimento psíquico que as pessoas padeciam tinha origem na perda da dimensão religiosa de suas vidas. "...há trinta anos minha clientela provém, um pouco, de quase todos os países civilizados do mundo.... De todos os meus pacientes que tinham ultrapassado o meio da vida, isto é, que contavam mais de trinta e cinco anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse o de uma atitude religiosa. Aliás, todos estavam doentes, em última análise, por terem perdido aquilo que as religiões vivas ofereciam em todos os tempos, a seus adeptos, e nenhum se curou sem ter realmente readquirido uma atitude religiosa própria, o que, evidentemente, nada tinha a ver com a questão de confissão ( credo religioso ) ou com a pertença a uma determinada igreja."5 "Como médico e especialista em doenças nervosas e mentais, não tomo como ponto de partida qualquer credo religioso, mas sim a psicologia do homo religiosus, do homem que considera e observa cuidadosamente certos fatores que agem sobre ele e sobre seu estado geral."6 Jung, C.G Psicologia da Religião Oriental e Ocidental 4 - Op.cit. P 2 5 - Op.cit. P 335/336 6 - Op.cit. P 5

O retorno ao Sagrado

Atualmente vivemos a experiência do desencanto. As pessoas estão muito descontentes com os seus representantes políticos, com as relações pessoais efêmeras e desrespeitosas, com a falta de qualidade dos programas de TV, com o aumento da criminalidade e, com muitos outros fatores que estão invadindo com tristeza, violência e insegurança as nossas vidas. Sintomas destes dissabores vêm surgindo, tais como a depressão e os distúrbios físicos, psíquicos e sociais. O homem, em contato constante apenas com o meio externo, tem vivido a experiência do desencanto, da tristeza e do vazio existencial. No entanto, existe todo um mundo melhor acessível à ele: é o mundo da alma, também chamada de psique. É necessário que o homem resgate a comunicação com seu mundo interno, que é o lugar onde habita seu deus interior ou o self, em outras palavras, retomar a espiritualidade. Eis aí um refúgio seguro....onde a fé, o amor, o diálogo e as reflexões estão sempre à disposição. É o contato com o mais profundo e verdadeiro do seu ser, é o contato e o retorno ao Sagrado. É através dessa relação contínua e intensa, que o homem se torna mais humanizado, e passa a caminhar com respeito e fé. É onde o desencanto se transforma na esperança de dias e homens melhores. A experiência da espiritualidade levará o homem, antes afastado de sua essência e de sua testemunha interior, a reformular a relação competitividade x solidariedade, levando-o a um sentido e um significado maiores à sua vida. Algumas práticas podem ajudá-lo neste trabalho, tais como a meditação, a oração, a contemplação e a psicoterapia. Ter a coragem de permanecer em silêncio, ouvindo a voz interior e preenchendo, desta forma os buracos da alma parece que é a tarefa que se faz urgente nos dias de hoje. E, se cada um de nós cumprí-la, poderemos ter de novo o encanto e a alegria em nossas vidas. Maria Tereza Giordan Góes CRP 06/19135

Um caminho para a individuação

Certa vez perguntaram a Jung ( Carl Gustav Jung, criador da Psicologia Analítica) quem era Deus e ele respondeu: “ Eu não conheço Deus, eu sei Deus”. Jung, por ter um pai pastor, tinha uma relação especial com a religião e com as questões da alma. Fundador da Psicologia Analítica, Jung acreditava que a relação com o Sagrado, seria um dos caminhos para a individuação. Penso que Deus é Aquele que vive no coração das pessoas que sonham o mesmo sonho, um sonho que está contido na poesia do Pai Nosso : um mundo de fraternidade, sem misérias, sem vinganças, sem violência. E a violência, a miséria e a vingança só serão resolvidas quando os homens aprenderem a ser mansos. E isso vai exigir uma transformação espiritual. E o que é transformação espiritual? É ter um caso de amor com a vida, com tudo que nos é oferecido por ela...sejam noites escuras e assustadoras ou lindas manhãs banhadas pelo sol....mas um caso de amor com a certeza de que não estamos sós e que cada passo em nossas vidas representa a beleza e a evolução da nossa condição humana. E que apesar de tudo, devemos ser adeptos da filosofia de reverência pela vida. Temos que nos curvar e louvar ao Divino que nos vem de uma forma leve e sublime, mas também de uma forma aterrorizante...não cabe a nós julgar, mas nos cabe uma aceitação plena... E o que significa ter um caso de amor com a vida? É ter olhos capazes de reconhecer o Belo em algum momento, de alguma forma, durante nossa fugaz e efêmera vida. Rubem Alves afirma : “ Reconhecer o Belo é um dom. Experimentá-lo é o mais alto grau de espiritualidade que nós, seres humanos, podemos alcançar. O Belo transforma nosso olhar e nos dá a sensação de integridade. Ele está presente em todas as coisas, na natureza, nas artes, nos seres humanos, nas descobertas permitidas pelo universo, no Divino que se revela...” Creio que o caminho para saber Deus é o caminho da alegria, é a certeza de não estar só, é o caminho do amor incondicional, da gratidão e do louvor. M. Tereza Giordan Góes www.tereza.psc.br

terça-feira, 5 de março de 2013

O não criativo

O    NÃO     CRIATIVO O semestre letivo já começou. Todos, em várias faixas etárias, organizaram seu material escolar, uniformes, mochilas e foram rever seus colegas para colocá-los em dia com as novidades. E o entusiasmo surge, frente ao novo que se inicia. Mas logo a rotina se faz presente: rever o que foi explicado em sala de aula, trabalhos individuais ou em grupo, seminários, provas e as atividades de casa. Aí começam os problemas: as crianças não querem fazer suas lições de casa sozinhas e nem se lembram das explicações dadas em sala de aula;  os adolescentes não lêem o que é cobrado, não se preparam para as provas e começam a faltar às aulas: têm muito sono e não conseguem acordar, ou então, " matam" as aulas com seus amigos e ficam vagando pelas ruas. A escola começa a chamar os pais e cobrar deles uma atitude. Os pais não sabem o que fazer, castigam-no, levam ao psicólogo e até ao psiquiatra, que acaba prescrevendo à essas crianças e adolescentes a " droga da obediência". E é assim que as nossas crianças e adolescentes se iniciam na dependência das drogas. Salvo os casos que realmente necessitam, penso que a medicação anda sendo prescrita no lugar dos limites e da disciplina que deveriam ser colocados desde a mais tenra idade: lugar e horário adequados  para o estudo; TV, som, celular, etc, desligados durante a atividade; supervisão à distância dos pais para não criar dependência.  Estas atitudes adequadas, repetidas inúmeras vezes, passarão a se tornar automáticas ao longo da vida e a criança se tornará então, dependente sim, mas de bons hábitos de estudo e de atitudes. Falar NÃO à um filho quando necessário é o caminho da sua liberdade. É o NÃO criativo, que fará com que ele busque, pense e transforme seu ambiente com criticidade. O SIM, muito mais fácil e cômodo de se colocar à um filho é destrutivo, levando-o a uma insatisfação crônica que nunca tem fim.  A busca pelo prazer imediato passa a ser constante, incluindo os prazeres químicos que já foram iniciados na infância. Portanto, não tenham medo de falar NÃO ao seu filho.  É a melhor parte da educação que você pode lhe dar.   Maria Tereza Giordan Góes    Psicóloga              CRP 06/19135         www.tereza.psc.br

Somos todos dependentes

Somos todos dependentes  Sabemos da epidemia de drogas instalada na sociedade.  É um fato real e inquestionável....e os viciados sofredores estão em número cada vez maior,  formando um exército de zumbis que estão se destruindo, matando e/ou se prostituindo por um prazer momentâneo e passageiro. Mas hoje quero questionar os outros vícios : aqueles que nos levam a repetir determinadas atitudes no dia a dia com nossos familiares, amigos, parceiros e colegas de trabalho. Formamos padrões repetitivos de comportamentos e acreditamos ser esta a única forma de funcionamento no mundo.  Temos a esperança de resultados diferentes, mas repetindo sempre um velho padrão no agir. Tornamo-nos dependentes uns dos outros, formamos laços neuróticos e atuamos sem lucidez nenhuma. E nos instalamos em verdadeiras prisões invisíveis....  Mas, sabemos agir de uma forma diferente? Se sabemos, onde está a coragem para ousar? O medo de uma ação desconhecida nos paralisa, logo, decidimos agir pelo que é familiar, mais confortável e menos assustador.... A dependência em um relacionamento, seja de que ordem for, é uma droga que impede a nossa evolução como ser humano. Ela nos paralisa, impedindo-nos de pensar e transformar nossa forma de atuação no mundo. Então vamos nos tornando cada vez mais dependentes. Passamos a fazer parte de um bando de pessoas que não raciocinam, não questionam, vão seguindo sua caminhada sem ao menos olhar para os lados  para ver o que há de novo. E a auto estima ficando cada vez menor: " não consigo viver sem ele(a)", " preciso muito deste emprego", " não saberia agir diferente"...  Surgem, então,  a submissão, a depreciação, a insegurança e a depressão. Acredito que a melhor forma para se interromper este processo tão pouco criativo é a conscientização, a criticidade, o questionamento e, claro, a coragem para tentar de uma forma diferente e nova. E a indiferença àqueles que irão resistir às suas mudanças......

Velas ao vento

Velas ao vento! Nada como iniciar o ano com a perspectiva da novidade, da surpresa e da sensação de bem estar. E isso está ao nosso alcance, é só querer: transformar o mal pensar em bem pensar, procurando sempre refletir, deixando de agir como seres inconscientes, manipulados e aprisionados pelas amarras que nos são colocadas. " Orai e vigiai " - e o que é a oração senão um bem pensar e o que é o vigiar, senão a reflexão?  E diante de uma mudança no olhar e no pensamento, as descobertas passam a nos surpreender cada vez mais.... Nós não notamos como somos conduzidos pelo pensamento de uma maioria dominante e nem percebemos como passamos a adotar a mesma forma de pensar e de agir desta maioria e que nem sempre nos pertencem. Vamos caminhando pela vida de uma forma que possamos agradar a todos e nem sequer nos perguntamos se aquela é a melhor conduta para nós, se aquilo nos cabe de fato. Ficamos sempre muito preocupados com o julgamento alheio e ocupamos um espaço menor, sem acreditar que temos o direito da prioridade e da liberdade. Aliás, liberdade é o que menos possuímos na medida que priorizamos o outro e nos abandonamos, obedientes e submissos a uma " ordem" estabelecida.  Ficamos aprisionados nos preconceitos, na nossa falsa imagem e na exigência que o outro nos faz. Mas,  se começarmos a exercer o bem pensar com uma reflexão constante, passaremos a nos sentir livres para agir e deixaremos as amarras que nos foram colocadas, para trás. Aí,  então, poderemos ter aquela sensação de bem estar e de liberdade, nos permitindo navegar por mares que nunca ousamos navegar e lançando, com coragem, nossas velas ao vento!                                                                                 www.tereza.psc.br

Adeus 2012

Adeus, 2012! Mais um ano que se vai.....alguns sonhos foram realizados, outros ficarão como projetos para o ano que chega..... Sustos, sobressaltos, medos, assim como alegrias, boas risadas, momentos  descontraídos colorindo a nossa luta diária. Assim é a vida, com altos e baixos, como o monitor cardíaco que se movimenta para cima e para baixo, simbolizando a vida e os nossos bons e maus momentos.   Se o monitor traça uma linha reta, o coração pára , e a nossa vida também..... Bom seria se conseguíssemos olhar para os momentos de baixa como uma boa  oportunidade para o nosso crescimento, nossa evolução. Infelizmente, estamos cada vez mais temerosos da dor, fugindo dela através de medicamentos, de comportamentos compulsivos e de abusos  das drogas em geral.  Não conseguimos ver nada melhor para ocupar este espaço de crescimento              senão o prazer imediato,  o individualismo,  a competição e outras estratégias, sempre  na  intenção de alcançar a independência, o poder e a liberdade, como sinônimos de paz e alívio das dores. Bom seria se nós conseguíssemos entender e aceitar que  em nossas vidas estarão sempre presentes momentos de angústia, de medos, de incertezas, de fracassos e de perdas e que a busca incessante para o alívio da dor será sempre em vão.  Que estes momentos fizeram, fazem e farão parte das nossas vidas enquanto estivermos vivos.... E que a tolerância, o silêncio, a meditação e a oração nos farão aceitá-los e transformá-los em males menores,  inerentes ao ser humano. E que os bons e desejados momentos , sempre que ocorrem, quase nunca são celebrados e reconhecidos, embora eles também façam parte do nosso cotidiano. Penso que este seria um bom projeto para o ano que irá se iniciar: o agradecimento pelos bons e maus momentos que a vida gera, assim como o nosso aprimoramento como humildes seres humanos que prestam reverência à vida, seja ela como for......                                                                               www.tereza.psc.br

O resgate do feminino no mundo

O resgate do feminino no mundo Todos os seres humanos possuem uma porção feminina - anima - e uma porção masculina - animus.  São os arquétipos e fazem parte do nosso inconsciente coletivo. Eles se desenvolvem ou não, dependendo de como se formou a nossa estrutura psíquica e também a partir dos nossos modelos de relacionamentos. Também o poder, enquanto característica do ser humano, faz parte do nosso inconsciente, mas, exercido em sua forma exagerada, torna-se uma dominação e uma patologia. Transforma-se, então, no machismo dentro de uma sociedade patriarcal, sendo exercido de uma forma devastadora. E como consequência, vemos a exclusão  do feminino e da sua naturalidade. O homem não mais se permite integrar a sua anima e nem a mulher, o seu animus. E o resultado é uma total falta de harmonia e sintonia, de uma desumanização  de homens e mulheres, que se encontram totalmente "desalmados". Faz-se necessário o resgate do princípio feminino para os homens e mulheres. Nele se encontra a importância à vida e não ao poder, representa um desafio ao machismo que inclui a dominação, a violência e a marginalização da mulher.  A valorização da ternura, do acolhimento e da não violência passaram a ser considerados supérfluos.  Como sinal desses tempos, podemos observar  a supressão da menstruação, que como marcador biológico, lembra à mulher  a sua condição e a sua importância no mundo. Há a banalização do seu corpo através dos out doors, revistas e jornais, além da opressão no trabalho , a baixa remuneração e a violência contra ela . Tanto homens como mulheres passaram a desvalorizar o feminino que acolhe, que nutre e que humaniza as relações.  E enquanto não houver o resgate deste feminino na humanidade, continuaremos a nos entristecer com a brutalidade nos  noticiários, com os nossos filhos completamente desorientados e com uma sociedade de homens e mulheres sem alma, vivendo um masculino exacerbado e de uma forma polarizada.                                                                                             www.tereza.psc.br

O masculino na vida das nossas crianças

O masculino na vida das nossas crianças Comemorando o dia dos pais, nada melhor que pensar a presença e a importância de um pai na vida dos nossos filhos. Vemos as crianças sendo cuidadas por mulheres: mães, babás e professoras. E notamos que a presença de um ser masculino saudável tem uma importância muito grande deixando,  na falta deste, uma grande lacuna. Idealmente, o feminino é o Ser que acolhe, que nutre e, graças ao seu amor incondicional, tudo permite e tudo aceita. O Ser masculino, por sua vez, é aquele que organiza, impõe limites e que, apesar do seu amor incondicional, exerce a disciplina, trazendo à vida das crianças uma ordem,  diferente do caos materno. O equilíbrio entre estas duas forças, o masculino e o feminino, é que levam  a criança, ao longo do seu desenvolvimento, a obter a segurança necessária para que se torne um ser humano saudável e equilibrado. No entanto, observamos que nem sempre isso ocorre. Vemos mães com tripla jornada de trabalho e pais sempre muito ausentes acreditando que a sua  presença e a sua participação na educação dos filhos é dispensável. Sabemos que a vida é repleta de cobranças, de compromissos e de tarefas a serem cumpridas. Mas sabemos também da importância de cada um: pai e mãe na educação das crianças. Neste mês de homenagem aos pais, quero parabenizar àqueles que sabem de sua missão para com os seus filhos. Há cada vez mais pais interessados e dedicados, cuidando dos seus filhos, alimentando-os, aconselhando-os e educando-os. Sua tarefa é árdua e as preocupações são muitas; mas deixam de lado o papel de "macho ausente "  e vão empurrar o carrinho, trocar as fraldas, fazer as compras ou ainda na madrugada, aguardar seus filhos na saída das baladas. Minha homenagem vai para esses pais dedicados e que tanto amam os seus filhos. Àqueles que se tornam um exemplo e um modelo a imitar.  Àqueles que estarão para sempre na memória dos seus filhos: uma boa e doce lembrança no coração de cada um deles....

Ao mestre, com carinho

Ao mestre, com carinho No primeiro semestre deste ano, tive a honra de receber um convite para ministrar aulas em uma universidade. Orgulhosa com o novo projeto, fiz muitos planos na intenção de dividir com meus alunos  um pouco do conhecimento que eu adquiri nestes anos todos, além de tentar prepará-los para a vida profissional e, quem sabe, pessoal. Começou, então, em minha vida, uma longa caminhada em busca de material interessante, aulas com data show, dinâmicas para movimentar as aulas, vídeos ilustrativos, etc... A biblioteca e o computador tornaram-se meus amigos inseparáveis e, sempre que surgia um tempinho livre, eu me dedicava à pesquisa, procurando novos conhecimentos para transmitir aos meus alunos. Infelizmente, meu entusiasmo teve curta duração : no transcorrer das aulas -que eu imaginava interessantes - por várias vezes eu tive que interromper as atividades para repreendê-los devido às conversas paralelas, aos celulares tocando, às mensagens checadas na Internet, à pressa em assinar a lista de presença e sair da classe. Durante todo um semestre letivo, não houve interesse pelo conteúdo, nem curiosidade pelos novos conhecimentos e nenhum esforço em manter uma postura adequada em sala de aula. E o meu entusiasmo e o prazer de estar com eles foi desaparecendo junto com o semestre, me levando à triste conclusão de que  a experiência só estava me trazendo dissabores. E que  aquele projeto inicial de torná-los seres humanos um pouco melhor preparados para a profissão e para a vida, nunca iria se realizar.  Aí então, esperei terminar o semestre e solicitei o meu desligamento. Reconheço que não tive talento, nem tolerância, nem a força necessária para dar continuidade a esta "empreitada".  Infelizmente, as pessoas não estão mais interessadas em evoluir, em tornarem-se pessoas melhores, as oportunidades surgem, mas passam despercebidas.  Mas, ainda há profissionais empenhados em mostrar as oportunidades: esses professores dedicados e perseverantes que não perdem a esperança. E hoje, presto minha homenagem à esses seres corajosos que enfrentam alunos desinteressados  e desrespeitosos; à esses seres que são mal remunerados e têm tanto trabalho não só em salas de aula, mas também ao preparar e corrigir provas e atividades;  à esses seres que têm que ser verdadeiros "artistas" para manter os alunos atentos.  São criaturas especiais abençoadas por Deus mas totalmente desvalorizadas em sua vocação e em seu conhecimento pela  sociedade. Minha homenagem vai à você, mestre!  Eu o reverencio em seu idealismo e em sua grandeza!  Nossos jovens e crianças necessitam de modelos de dedicação, seriedade, fé e  perseverança, ainda que não se mostrem atentos ou mesmo merecedores de todo esse esforço....                                                                                    www.tereza.psc.br